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Foto do escritorElis Cristina

SÉRIE MINHA HORTA: O ALECRIM


Você pode conhecer pelo aroma marcante, pelo sabor inconfundível, pelas características místicas ou pelo uso medicinal, não importa, o fato é que o Alecrim (Rosmarinus officinalis) está oficialmente na lista de ervas e temperos da horta de quase todo mundo, também, não seria diferente com tanta versatilidade !


Conhecido desde a época da Grécia antiga como planta mística, onde simbolizava justiça brotando, segundo os gregos, apenas nas casas dos justos, esta planta é carregada de misticismos, mas também de muitas qualidades usadas para fins medicinais e culinários, sendo seu óleo utilizado como relaxante muscular e dos nervos e estimulante para o cérebro e a memória, bem como na cozinha para temperar carnes vermelhas, molhos, ou realçar o sabor de batatas, legumes e aromatizar azeites e pães.


Assim como muitas outras ervas, o alecrim pode ser usado também quando seco, condição que intensifica seu sabor. Portanto, ter um pé de Alecrim em casa significa abundância, diversidade de funções e condições, mas, mais que isso, o Alecrim é um planta muito bonita, tanto sua estrutura arbustiva quanto suas flores, além de ser uma espécies perene, durando anos se bem cuidada, ao contrário de muitas outras espécies da sua horta.


Por este motivo, lembre-se de destinar um cantinho na horta de um raio aproximado de 80 cm para que ele possa se desenvolver bem! Como planta originária do Mediterrâneo, sua condição de luminosidade é de Sol pleno, mínimo de 4 horas de sol diários direto nela, suas folhas finas e pontudas significam que toleram o vento, frio e não são tão exigentes quanto a regas, podendo esperar o substrato/solo, de preferência adubado minimamente e bem drenável, estar mais seco antes de regar novamente.


Independente das diversas variedades de Alecrim, seus cultivos se assemelham, principalmente, quanto a luminosidade e rega. É possível encontrar o Alecrim toscano, este menos resistente ao frio, Alecrim Vertical que pode chegar a quase 2 metros de altura e o Alecrim rasteiro, como o nome já diz, se espalha facilmente por superfícies.


O Alecrim vai muito bem em vasos ou jardineiras, mas sempre lembrando que se trata de uma espécies de porte médio, podendo chegar a aproximadamente 1,5m de altura, se bem cuidado, além disso, se for plantar junto de outras espécies, não esqueça de levar em consideração que todas tenham minimamente as mesmas preferência de água e luz, como por exemplo o tomilho.


Ao contrário das outras ervas e temperos que foram apresentadas anteriormente, o Alecrim é mais indicado que seja feita nova muda através do processo de reprodução assexuada chamada de Estaquia, do que por semente. A Estaca pode ser feita de um ramo da planta mãe retirado das extremidades da sua parte mediana, com aproximadamente 10 cm de comprimento. Retire as folhas inferiores e plante em um vaso ou recipiente com uma mistura de uma parte de substrato para mudas para uma parte de areia, deixando enraizar por algumas semanas e depois pode plantar em local definitivo. O Sinal que enraizou é quando a planta começa a gerar novos brotos, antes disso não mexa e nem fique tirando o ramo da terra para ver se enraizou, isso retarda o enraizamento.


Por semente também é possível gerar novas mudas, mas é um pouco mais demorado. Semeie direto em local definitivo com espaçamento de 80 cm entre as sementes nos meses de setembro, outubro e novembro, em regiões mais quentes pode ser o ano todo, e seu tempo de germinação são de 28 dias.


Na hora de colher, segue o lema de nunca retirar só as folhas, retire o ramo que for usar, cortando com uma tesoura ou faca bem afiada para não machucar a planta, sempre o mais rente da folha que ficará, evitando deixar “cotocos". Retire os ramos da parte superior, caso queira que seu alecrim cresça mais horizontalmente, ou da parte lateral, se quiser que seu alecrim cresça mais verticalmente.


Por fim, uma sugestão é usar galhos de podas para fazer folhas secas e armazená-las para chás ou uso em receitas. Retire as folhas dos ramos podados e as deixem em cima de um papel toalha num lugar de menos claridade e seco por alguns dias, o suficiente para quando pegar a folha e amassar ela estalar.

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